sábado, 19 de novembro de 2011

Muita atenção a sintomas desagradáveis durante exercício

Dores no peito, falta de ar, palpitações e desmaios são extremamente perigosos.

Já são bem difundidos em nosso meio os benefícios que a prática regular dos exercícios físicos promove ao nosso organismo. A atividade física confere uma sensação de bem-estar importante, fazendo com que a pessoa sinta prazer e continue a praticá-lo.

O atleta ou aqueles que praticam atividade física de forma não competitiva podem apresentar sintomas transitórios e esporádicos, comumente de causa muscular. Porém, o aparecimento de alguns sintomas é considerado sinal de alerta e podem indicar a presença de alguma doença cardiovascular mais grave. O atleta deve estar atento, e na presença de quaisquer dos sintomas abaixo listados, é recomendável que procure o seu médico e interrompa imediatamente o exercício físico.

Preste atenção se você apresenta:

  1. Dor no peito (dor torácica): o aparecimento de dor no peito deve ser considerado um sinal de alerta, principalmente se surgir ou aumentar durante o esforço físico. Pode ser de origem muscular, porém diversas doenças cardíacas graves podem ter como primeiro ou principal sintoma a dor torácica. Somente o médico poderá diferenciar entre as diversas causas e concluir se a pessoa poderá ou não continuar a atividade física.
  2. Síncope: é a perda transitória da consciência, também chamada de desmaio. Geralmente é súbita, de curta duração, com recuperação espontânea e total da consciência após alguns minutos. Todo atleta que apresentar um desmaio ou sensação de que vai desmaiar deve parar de realizar a atividade física e relatar o sintoma ao seu médico. A principal causa de desmaio é a chamada síncope vasovagal, um tipo benigno de desmaio que ocorre frequentemente quando a pessoa fica muito tempo em pé, em ambientes quentes e sem ventilação, ou quando exposta a momentos de estresse. Um reflexo do organismo é disparado e pode ocorrer queda da pressão e da frequência cardíaca, levando ao desmaio. É uma causa benigna e não impede que o atleta continue a praticar exercício físico, após seguir algumas recomendações preventivas. Porém, algumas doenças cardíacas, como a origem anômala das coronárias, miocardiopatia hipertrófica e a cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito, podem causar desmaio e, eventualmente, este pode preceder algo mais grave, como uma parada cardiorrespiratória. Nestes casos, o desmaio ocorre geralmente durante a atividade física e pode ou não ser precedido de dor no peito ou palpitações. O diagnóstico correto é muito importante, pois implica em afastamento das competições e tratamento da doença cardíaca.
  3. Palpitações ou "batedeira": a palpitação é um sintoma comum e pode ocorrer em função de diversos tipos de arritmias. Uma causa muito comum e benigna de palpitação é a extrassístole, um batimento precoce do átrio ou do ventrículo, antes do tempo habitual, e que pode causar sensação desconfortável ao paciente. Este sintoma tende a piorar em momentos de estresse e ansiedade e, na maioria das vezes, não há necessidade de tratamento ou recomendações especiais para a prática de exercícios físicos. Entretanto, a palpitação é considerada um sinal de alerta, pois talvez seja a única manifestação de doenças cardíacas graves que aumentam o risco de morte súbita. Portanto, em caso de palpitações frequentes, consulte seu médico para prosseguir a investigação.
  4. Falta de ar ou dispneia: muitas vezes este sintoma não é considerado relevante, pois o indivíduo o atribui à falta de condicionamento físico, a um treino mais intenso ou às condições ambientais desfavoráveis. Quando o sintoma é desproporcional ao esforço praticado ou vem acompanhado de chiado no peito, febre, inchaço nas pernas ou pelos outros sinais de alerta descritos acima, o atleta deve reportar o sintoma ao seu médico, pois deverá ser submetido à investigação. São causas de falta de ar: falta de condicionamento físico, asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, cardiomiopatia hipertrófica, cardiomiopatia dilatada, angina, infarto e arritmias, entre outros.
Além dos sintomas descritos acima, a presença de doença cardíaca grave e de morte súbita em familiar com menos de 50 anos de idade devem ser valorizadas e consideradas sinais de alerta, pois podem ser doenças genéticas e transmitidas às demais gerações.

O indivíduo que pratica atividade física deve sempre estar atento a presença de qualquer sinal de alerta, e este não pode ser minimizado, desprezado ou considerado normal. Deve sim ser valorizado até que o diagnóstico e o tratamento correto sejam realizados.

Fonte: http://www.einstein.br/

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